26/05/2014

Análise dos resultados na Galiza do 25-M: ilusões óticas da esquerda galega, margem de manobra e esperança

Antom Fente Parada

 "Para rebelar-se e lutar não são necessários nem líderes nem caudilhos, nem Messias nem salvadores; para lutar apenas se precisa um pouco de vergonha, um tanto de dignidade e muita organização, o demais ou serve para o coletivo ou não serve", subcomandante Marcos. (1)

Talvez o melhor resumo da passada jornada eleitoral na Galiza seja verificar mais uma vez a irresponsabilidade das direções políticas da esquerda galega, que celebraram este resultado em todos os casos como uma vitória, quando apenas Podemos tem algo a celebrar ao converter-se na expressão política do 15-m em todo o Estado. A continuação faremos uma análise que inclui ao final uma série de gráficos e dados para que o leitor poda fazer a sua própria análise e corroborar se a leitura que aqui se faz é acertada ou não.

1.- Golpe ao bipartidismo na Galiza?

No conjunto do Estado houve uma clara queda do bipartidismo, embora deve ser matizada pela alta abstenção. O descalabro do PSOE, em clara pasokização, forçou a saída de Alfredo Pérez Rubalcaba da direção do PSOE e os dois grandes partidos sistémicos da II Restauração bourbónica ficaram por primeira vez por baixo de 50% de apoios (frente 66'40% das anteriores europeias), embora a situação mude se se lhe engadem os apoios doutras forças de direita e extrema direita e se atendemos à abstenção. Também o bipartidismo tem margem, a começar pelo asédio a Podemos principal alternativa de governo neste momento no Estado, embora tira-se menos deputados do que IU. Um assédio que sofreram já com anterioridade AGE e BNG na Galiza.

Aliás, na Galiza o bipartidismo resiste melhor do que no conjunto do Estado espanhol: por uma parte o PP é o partido mais prejudicado pela abstenção, mas não despregou toda a sua maquinária eleitoral –especialmente no rural e nas vilas– e, igualmente grave, PSOE recupera apoios e percentagem de voto a diferença do conjunto do Estado.

Se cotejamos os dados de abstenção entre autonomias governadas pelo PP ou não, interior e costa na Galiza ou rural e urbano fica às claras que boa parte dos votos que perde o PP ficam na abstenção e não vão a outras opções e que esta, embora afete a todas as forças, se concentra em maior medida no tradicional votante do PP.

O PP segue a ser a força mais votada na Galiza (35'16%), como desde 1989, mas os 354.743 votos são o seu pior resultado da história, nunca baixaram dos 500.000 votos. Assim as coisas, o PP perde 220.000 votos em comparação com as europeias de 2009 e mais de 100.000 votos a respeito das eleições nacionais de 2009, quando Feijoo se convertera em presidente da Junta.

O PSOE perde 184.000 votos a respeito das europeias de 2009 e obtém o pior resultado também desde 1989, embora se mantenha inopinadamente como segunda força, mas que permitiu que Besteiro e Pepe Blanco celebraram os resultados em sendas cenas buñuelescas. A ilusão ótica que permite ao PSOE manter ainda o seu segundo posto é a divisão do eleitorado de AGE nas passadas eleições galegas.

2.- Alternativa Galega de Esquerdas em Europa: celebramos a fragmentação do eleitorado de AGE?

A percentagem de voto de AGEE na Galiza é semelhante à de IU noutras comunidades autónomas e, em geral, a Galiza comportou-se eleitoralmente como o resto do Estado em todos os eidos: maior abstenção onde governa o PP, irrupção de Podemos parelha a IU... Não houve uma maior participação como nos territórios onde a questão nacional é chave (Euskadi, Catalunya e Nafarroa) nem um aumento significativo do voto soberanista como sim aconteceu nos casos de EH Bildu e ERC. É difícil não ver um retrocesso da consciência nacional deste país e do campo nacionalista em geral o que nos deveria fazer reflexionar a todos os aderentes da esquerda galega, independentemente do espaço em que militemos.

Cumpre assinalar igualmente que AGE, sobretudo nas contornas urbanas e semi-urbanas que foi onde teve mais pulo nas eleições ao parlamento galego, perde força e que Anova perdeu boa parte do eleitorado desse espaço de rutura e orfandade da esquerda que queria recuperar. Já que logo, a integração em IU –percebida por boa parte do nosso eleitorado como mais uma força sistémica– não supus um plus, não se conseguiu dar o sorpasso ao PSOE (que sim se dera nalgumas cidades já naquela altura) e demonstra a enorme falácia dos 200.000 votos para converter uma fronte ampla e dialética (AGE) numa fórmula fixa integrando-nos na Izquierda Plural (AGEE). A soma de Podemos e AGEE dá uma soma semelhante aos 200.000 votos daquele então e sim teria permitido dar o sorpasso ao PSOE e que era uma aposta dos que defendiamos uma frente ampla diferente à integração em IU. Lembremos o que dizia Xosé Manuel Beiras quando dava o seu apoio à opção 1 no referendo interno de Anova:
a conexión/re-conexión entre forzas polìticas e plataformas/movementos cívicos, nos diversos eidos dese mesmo ámbito estatal, segue a ser, con poucas excepcións, un mero desideratum. Mesmo algún movemento recentemente emerxente (como 'Podemos') é, para min, unha incógnita, tanto na sua índole canto no rol que pretenda ter e nos compromisos, e condicións dos mesmo, que esteña disposto a suscreber con algunhas forzas políticas.

Porém, AGE é a força que mais baixa ao perder 24'47% de apoios, frente aos 21'86% que perde o BNG e um PSOE que sobe em percentagem de voto. Na cidade da Crunha a situação ainda é pior: AGE deixa de ser a segunda força para ficar por trás de Podemos. Assim AGE passa de 200.828 votos nas eleições galegas (13'90%) a 105.605 (10'52%) com uma descida de votos de 47'41% e em percentagem de voto de 24'47%.

A pesar da excelente notícia de situarmos a Lídia Senra na euro-câmara os resultados na Galiza não são determinantes para que Anova atingira representação (nº 5 na listagem de La Izquierda Plural), dependendo do resultado de IU no conjunto do Reino de Espanha. Integrar-se em IU não se justifica com 0'6% de deputada quando a configuração da frente ampla poderia ter sido outra: Anova, Podemos, Compromís, Equo, Chunta Aragonesista... Anova tinha como alvo representar um espaço órfão de representação e advogar pela frente ampla como expressão política e social na defesa da maioria social agredida sendo a superação do PSOE uma realidade ao alcance. Longe de conseguir isso perdeu a metade dos votos, fundamentalmente em favor de Podemos, pois uma parte do eleitorado vê a IU como mais uma força do sistema na Galiza e no conjunto do Estado e não como uma força de rutura ou em consonância com o espaço político criado pelo 15-m.

Uma frente ampla de verdade e não uma integração teria permitido a nível Estado uma derrota sem paliativos do bipartidismo e uma mobilização maior dos votantes da esquerda e do espaço de rutura da sociedade civil mais viçosa do Estado.


3.- BNG: a orquestra do Titanic segue a tocar

O BNG ficou 30.000 votos por cima do seu pior registo (Estatais de 1989) e perdeu 24.000 votos a respeito das anteriores europeias. O triunfalismo da sua direção, que causou mal-estar em grande parte dos seus votantes, dava a imagem da orquestra do Titanic, embora Ana Miranda mantenha o seu escano em Europa por mor dos apoios recebidos por EH Bildu.

Contudo, o triunfalismo da direção do BNG pode responder a que seus prognósticos eram ainda piores, a pesar de que o BNG hoje já é a quinta força na Galiza superado por Podemos e nas cidades, excetuando Ponte Vedra, fica reduzido ao mínimo se bem é certo que semelha que tucou fundo - sempre e quando não se exclua duma frente ampla que sim englobe às restantes forças à esquerda do PSOE-.

Se as bases não obrigam a mudar o rumo à direção do BNG paira uma grave ameaça de descomposição da base social mais importante do campo nacionalista o que não é uma boa notícia para ninguém que apoie a emancipação social e nacional do povo galego. As direções políticas irresponsáveis do campo nacionalista (e as e os militantes irresponsáveis que as sustentamos) têm que entender que:  
a) a expressão eleitoral apenas pode entender-se como uma ferramenta, uma caixa de ressonância, do poder social em ação onde se erguem as alternativas reais frente a umas instituições apodrecidas e ao serviço do aparato de Estado (propriedade da oligarquia do capitalismo de amiguinhos do Reino de Espanha);
b) Galiza precisa, seja como for, situar a questão nacional no contexto de quebra democrática e podridão da II Restauração bourbónica e isso apenas se consegue sendo alternativa real para o conjunto da esquerda social da nossa nação (soberanista ou não), possibilitando que o campo nacionalista conecte com o conjunto do espaço de rutura e as capas órfãs de representação para o que cumpre apostar pela frente ampla inclusiva e não por fórmulas fixas excluintes, seja quem for o parceiro;
c) o campo soberanista (nacionalista / galeguista / independentista ou como se lhe quiser chamar) deve abandonar a doutrina dos dois mundos (nacionalista/espanholista), em que está instalado o BNG, e advogar por uma frente ampla que unifique a todo o espaço ruturista e que tão pouco passa pela entrega entusiasta a IU qualificando o resto do campo nacionalista como "chovinista". Sem o BNG (ao menos a sua base social), Anova terá muito difícil por sim própria reverter a já clara perda da hegemonia da esquerda galega entre a mocidade e pôr a questão nacional à mesma altura do que a questão social (pois no mundo real são inseparáveis e não se podem solventar as problemáticas sociais, económicas, culturais... sem termos soberania como povo), algo com nefastas consequências para o horizonte estratégico partilhado pelo conjunto do campo nacionalista e para o povo trabalhador gaelgo. O que está em jogo é a expressão política de todo o campo nacionalista e a sua sobrevivência e reprodução não que partido ou família leva razão. (2)

4.- O fenómeno Podemos: apenas Yes we can à espanhola ou espaço órfão de representação e fator chave para a síntese necessária entre a esquerda clássica e as novas conceções da esquerda para avançarmos no século XXI?

O fenómeno Podemos desbordou as previsões de todas as direções políticas da esquerda galega (e também de IU), mas não fomos poucas as vozes (desde posições muito diferentes e com adesão entusiasta ou desde uma posição crítica) que dizíamos que Podemos seria às europeias o que AGE às galegas. Assim foi e assim se demonstra a enorme importância das redes sociais e dos mass media no voto –mais na esquerda do que na direita– para bem e para mal. Podemos criticar o emprego da foto do seu líder como logo, a sua nula implantação territorial na Galiza, a sua ambígua aposta pelo galego, a sua retórica keynesiana, a sua estética pós-moderna (há para todos os gostos)... mas conseguiu conectar com um eleitorado ao que não chega a esquerda tradicional, segmento fundamental para a rutura e para emancipação nacional, e com o que sim conectara AGE nas eleições galegas. 
 
Embora, pela experiência, estes processos-lostrego rematem por criar fundas fendas internas, a irrupção do oportunismo e o eleitoralismo, profundos ataques externos e, ao cabo, políticas não substancialmente diferentes nas instituições que produzem um desencanto que alimenta a confussão, a impostura, a desorientação e, ao cabo, a extrema direita ou o mantimento do status quo; o certo é que a esquerda mais “clássica” tem muito que achegar a novas fórmulas políticas, mas também muito do que apreender e deve tratar estas fórmulas em igualdade de condições para possibilitar a melhor síntese possível para a esquerda do século XXI (ontem a vanguarda foi ontem o POUM e hoje são as CUP): tenham razão os clássicos ou os pós-modernos sem frente ampla não haverá sucesso possível nem segundas oportunidades. A questão deve redimir-se, já que logo, através do debate e a honestidade intelectual e da pressão das bases de todo o campo nacionalista, superando o confronto Anova-BNG que lembram ao KPD e à SPD da República de Weimar.
Podemos, com escassos meses de vida, iguala praticamente a uma AGE que perde metade do seu eleitorado em tempo recorde e recolhe o modelo e discurso fresco e bem sucedido de AGE em 2012. 
 
O eleitorado de Podemos, também na Galiza, baptiza-se politicamente no 15-m, desconfia radicalmente das forças políticas tradicionais da esquerda (também de Izquierda Unida) e criou-se num contexto, a partir da segunda metade da década de 90 (segundo o BNG ia atingindo maior representação institucional embora perdera apoios nas urnas) em que o campo nacionalista punha o acento no eleitoral e não no trabalho na sociedade civil, que na Galiza segue a estar muito atomizada e ser muito débil. As consequências daquele abandono foi a desconexão com amplas capas dinâmicas e jovens das contornas urbanas, maioritariamente falantes de castelhano e com escasso ou nulo contacto com o campo nacionalista. A doutrina dos dois mundos do BNG resultou desastrosas e põe ao nacionalismo na situação mais difícil da sua história, o que exige que as bases do campo nacionalista (fundamentalmente Anova e BNG mas nem só) obriguem a retificar às suas irresponsáveis direções políticas, também as que às que tratam ao BNG de jeito análogo a como a doutrina do "social-fascismo" tratava à social-democracia na década de trinta.  (3)
 
Já que logo, por primeira vez em décadas a esquerda galega corre sério risco de deixar de ser hegemónica, particularmente entre a mocidade galega, e a militância moça no campo nacionalista é cada vez mais exígua.

5.- Hoje mais do que nunca FRENTE AMPLA
Para derrotar o bipartidismo na Galiza faz-se patente a necessidade duma alternativa ilusionante e credível, uma frente ampla à margem das forças sistémicas que some aos apoios atuais os de boa parte da abstenção, do voto do PSOE e dos 200.000 galegos e galegas que decidiram votar por outras forças, nulo ou em branco (16'35%, 191.400 votos). Que congregue a toda a esquerda social e esteja ao serviço dela, que retro-alimente a construção duma sociedade civil, como mínimo, equiparável à de Catalunya e Euskadi (mínimo imprescindível também para deter a barbárie a nível europeu que avança imparável e lembra cada vez mais a década de trinta do século XX).
Com o bipartidismo por baixo de 50% dos sufrágios, tal como se prognosticava que ficariam desde Anova quando se apostava pela frente ampla, embora não fossemos capazes de impulsar uma coligação ampla que o derrotasse acelerando o fim da II Restauração bourbónica, portanto, é fundamental apostar pela frente ampla com ou sem as direções políticas de IU e BNG, mas no processo há que construir a expressão política certa do nacionalismo no século XXI e Anova apenas pode impulsar isso desde a generosidade e apostando pela frente ampla.
Desta arte, é imprescindível a construção dum espaço plural no nacionalismo galego, uma força organizada o suficientemente importante para situar a questão nacional galega de forma análoga a Euskadi ou Catalunya. AGE, e com ela Anova, fica em parte fora do espaço de forças ruturistas e dos novos jeitos de fazer política contradizendo as aspirações de Anova desde a sua criação e a última oportunidade para o nacionalismo é apostar por constituir candidaturas de unidade popular em todos os concelhos sem exclusões.
A frente ampla que muitas e muitos defendemos em Anova teria-nos conduzido a um cenário duma coligação que obteria escanos galegos no parlamento europeu sem dependências externas à Galiza e permitiria ter avançado na verdadeira nova política que apenas pode celebrar derrotar o bipartidismo e erguer uma clara alternativa de governo e não um resultado olhado desde a ótica de «partido». Essa frente daria uma imagem bem diferente a muitas e muitos nacionalistas (o maior perigo agora é o enrocamento nos vícios e na morte por sucesso, um êxito que não existe como tentamos expor nestas linhas) teria congregado numa mesma coligação a Primavera Europeia, Podemos, Anova (não o BNG que se negaria a ir com qualquer força espanhola)... com um resultado que constituiria um ensaio de quebra democrática e que nos situaria como alternativa real de governo na Galiza: a integração na Izquierda Plural não era, nem muito menos, um Ther is not alternative para atingir uma caixa de ressonância própria em Estrasburgo tecer alianças a nível europeu.

Temos pois, pouco que celebrar e muito por construir para avançar no nosso horizonte estratégico.
(Sempre em) Galiza (célula de universalidade), 26 de maio de 2014.


Anexos (elaboração própria)


Tábua 1 – Fonte: Ministério do Interior

Europeias 2014, resultados Galiza (Escrutado 99'95%)
Total votantes
1.035.487
45'45%
Abstenção
1.242.655
54'55%
Nulos
26.714
2'58%
Brancos
29.927
2'97%
Tábua 2, Europeias 2014 – Fonte: Ministério do Interior

Candidaturas
Votos
Percentagem
PP
354.743
35'16%
PSOE
219.207
21'73%
AGEE
106.189
10'52%
Podemos
84.216
8'34%
BNG
79.732
7'90%
UPyD
35.099
3'47%
C's
16.309
1'61%
PACMA
10.871
1'07%
CxG
9.641
0'95%
EB
7.914
0'78%
Outros
9'88%

Tábua 3 – Fonte: Ministério do Interior

Europeias 2009, resultados Galiza (100% escrutado)
Total Votantes
1.149.973
43,34%
Abstenção
1.503.436
56,66%
Nulos
7.576
0,66%
Brancos
12.591
1,10%

Tábua 4, Europeias 2009 - Fonte: Ministério do Interior

Candidaturas
Votos
Percentagem
PP
571.320
50'01%
PSOE
403.141
35'29%
BNG
103.724
9'08%
EU-IU
14.956
1'31%
UPyD
14.148
1'24%
LV-GVE
4.780
0'42%
Iniciativa Internacionalista
3.460
0'30%
PACMA
2.580
0'23%
PUM+J
1.613
0'14%
IZAN-RG
1.072
0'09%
POSI
886
0'08%


Tábua 5 – Fonte: Ministério do Interior

ELEIÇÕES NACIONAIS DA GALIZA, 2012 (RESUMO, escrutado 100%, 75 escanos em total)
Votos
1467657
63.8 %
Abstenções
832678
36.2 %
Nulos
37472
2.55 %
Branco
38410
2.69 %

Tábua 6 – Fonte: Ministério do Interior

Eleições Nacionais da Galiza 2012. Votos, percentagem e escanos por candidatura
Cadidatura
Escanos
Votos
Percentagem
PP
41
653.934
45'72%
PSOE
18
293671
20.53 %
AGE
9
200101
13.99 %
BNG
7
145389
10.16 %
UPyD
0
21.212
1.48 %
EB
0
17116
1.19 %
Sociedad Civil y Democracia
0
15781
1.1 %
Compromiso por Galiza
0
14459
1.01 %
PACMA
0
7729
0.54 %



Tábua 7- Extrapolação Europeias 2014 a eleições nacionais na Galiza para 75 escanos – Fonte: Ministério do Interior
























Tábua 8, extrapolação deputados eleições nacionais Galiza para 61 escanos – Fonte: Ministério do Interior

























(1) http://desinformemonos.org/2014/05/adios-al-subcomandante-marcos-nace-galeano/print/

(2)  http://revoltairmandinha.blogspot.com.es/2014/03/um-voto-nulo-pela-regeneracao-de-anova.html

(3)  http://revoltairmandinha.blogspot.com.br/2013/11/a-i-globalizacao-algumas-licoes-para-o.html

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